Ainda Estou Aqui: Uma Obra Autobiográfica e Política que Conquistou o Mundo
A trama de Ainda Estou Aqui retrata a história autobiográfica de Marcelo Rubens Paiva, com foco na vida de sua mãe, Eunice Paiva. Eunice, uma advogada que se tornou ativista política após o desaparecimento de seu marido durante a ditadura militar brasileira, foi presa junto com uma de suas filhas, Eliana Paiva, em decorrência de sua luta por justiça. O filme aborda de forma emocionante e profunda os impactos da repressão política na vida da família Paiva, destacando a resistência e a resiliência de Eunice.
A estreia do filme ocorreu no Festival de Veneza, em 1º de setembro de 2024, onde foi recebido com uma ovação de dez minutos do público. A atuação de Fernanda Torres, que interpreta Eunice, foi amplamente aclamada, e o filme recebeu a Osella de Ouro de Melhor Roteiro. Além disso, Ainda Estou Aqui foi ovacionado em outras exibições no festival e selecionado para mais de 50 festivais internacionais. A obra também foi escolhida pela Academia Brasileira de Cinema para representar o Brasil na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar 2025, marcando um momento histórico para o cinema nacional.
O lançamento oficial nos cinemas brasileiros aconteceu em 7 de novembro de 2024. Apesar de um boicote fracassado por parte de setores da direita brasileira, o filme tornou-se um sucesso imediato de bilheteria, liderando as arrecadações nacionais com mais de 127 milhões de reais e 5 milhões de espectadores. Internacionalmente, o filme foi incluído no Top 5 dos melhores filmes estrangeiros de 2024 pela National Board of Review e considerado um dos melhores do ano por publicações como BBC e Sight & Sound.
Nos prêmios internacionais, Ainda Estou Aqui consolidou seu sucesso. Fernanda Torres tornou-se a primeira brasileira a ganhar o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme – Drama, e o filme recebeu indicações em categorias importantes, como Melhor Filme em Língua Estrangeira no Critics' Choice Movie e no BAFTA. No Oscar 2025, o filme fez história ao ser o primeiro brasileiro indicado na categoria de Melhor Filme, além de concorrer a Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz para Torres. A obra, distribuída internacionalmente pela Sony Pictures Classics, consolidou-se como um marco do cinema brasileiro e uma poderosa narrativa sobre resistência e memória.
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